terça-feira, 3 de novembro de 2009

companherismo e dedicação.


Um famoso professor se encontrou com um grupo de jovens que falava contra o casamento. Argumentavam que o que mantém um casal é o romantismo e que é preferível acabar com a relação, quando este se apaga, em vez de se submetera triste monotonia de um matrimônio.

O mestre disse que respeitava a sua opinião mas lhe contou a seguinte história: Meus pais viveram 55 anos casados. Numa manhã minha mãe descia as escadas para preparar o café e sofreu um enfarto. Meu pai correu até ela, levantou-a como pôde e quase se arrastando a levou até a caminhonete. Dirigiu a toda velocidade até o hospital, mas quando chegou, infelizmente ela já estava morta.

Durante o velório meu pai não falou nada. Ficava o tempo todo olhando para o nada. Quase não chorou. Eu e meus irmãos tentamos, em vão confortá-lo. Na hora do sepultamento, papai, já mais calmo,passou a mão pelo caixão e falou com sentida emoção:

" - Meus filhos, foram 55 bons anos ... ninguém pode falar do amor verdadeiro se não tem idéia do que é compartilhar a vida com alguém por tanto tempo. "Fez uma pausa, enxugou as lágrimas e continuou: " - Ela e eu estivemos juntos em muitas crises. Mudei de emprego, renovamos toda a mobília quando vendemos a casa, mudamos de cidade. Compartilhamos a alegria de ver nossos filhos concluírem a faculdade, choramos um ao lado do outro, quando entes queridos partiam ...

Filhos, agora ela se foi e estou contente. E vocês sabem por que? Por que ela se foi antes de mim e não teve que sentir a agonia e a dor de me enterrar, de ficar só, depois da minha partida. Sou eu quem vai passar por essa situação, e agradeço a Deus por isso. Eu a amo tanto que não gostaria que ela sofresse assim ... "

E por fim, o professor concluiu: Naquele dia entendi o que é o verdadeiro amor ... Está muito além do romantismo e não tem muito a ver com o erotismo, mas se vincula ao trabalho e ao cuidado a que se professam duas pessoas realmente comprometidas.

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